ONTEM...
... entre 20 e 21 horas, o cidadão Geraldo Oliveira (foto) foi parado, com o seu carro, pelo vereador bolsonarista Adalberto Rêgo (DEM), quando trafegava ao lado da manifestação política que acontecia em comemoração de um ano da vitória do prefeito José Augusto (DEM), primo de Adalberto, nas eleições de 2020.
VERSÃO
De acordo com o cidadão Geraldo Oliveira, 63, ele estava indo em direção ao bairro COHAB, e fez o percurso via centro da cidade, passando ao lado do Center Bar, para acessar a rua José Vieira Mafaldo.
Segundo ele, desconhecia que havia comemoração no cruzamento da Praça Central, com as referidas ruas por onde optou transitar. O senhor, que dirigia o próprio carro, disse, em entrevista ao blog, que o Vereador teria acenado para ele e parou por entender que o Vereador quisesse falar alguma coisa. No entanto, o que recebeu foi ofensas, palavrões, teve o seu boné retirado da cabeça e jogado dentro do carro por Adalberto Rêgo, como também foi empurrado e agredido no ombro.
Sem reação, o Senhor seguiu em seu percurso e foi parado, novamente, a cerca de 250 metros, pela viatura da Polícia Militar, com dois policiais. De acordo com Geraldo, teve o carro revistado, sob a alegação de porte de arma, e que, ainda, foi obrigado a sair da condução do seu veículo para o banco do carona, tendo seu veículo dirigido por um policial até a casa em que se destinava e seguido pela viatura.
Um dos policiais, que ele nominou como Figueiredo, teria dito que estava "cumprindo ordens" do vereador Adalberto Rêgo, e que ele estava proibido de passar no local, novamente, onde estava ocorrendo a comemoração.
INTRIGANTE ...
... o fato de um policial militar fazer uma abordagem e dizer que está cumprindo ordens de um Vereador.
E, ainda, proibir durante a abordagem que pessoas circulem por ruas quando, na verdade, deveria haver sinalização e barreiras impedindo o trânsito, já que havia uma festa de rua.
Curioso, também, é o município possuir uma Praça de Eventos, com um palco gigantesco, espaço com oito mil metros quadrados, e a Gestão opta por fazer uma festa na via pública e sem demarcar espaço de pedestre e veículos.
RECORRENTE
Essa não é a primeira vez que o vereador Adalberto Rêgo tem seu nome envolvido em situações onde coloca pessoas em condições de humilhação, tentando mostrar uma superioridade e autoridade a qual o cargo que ocupa, no Legislativo, não lhe confere.
Ele já fez algo parecido, no hospital de Riacho da Cruz, anos atrás, com morador da cidade e que não era aliado político da então prefeita, Bernadete Rêgo, sua irmã. Comportamento que não foi endossado, quando aconteceu, pela Prefeita.
O blog tentou ouvir o Vereador sobre o fato, no entanto não obteve resposta às mensagens encaminhadas.
O...
...vereador Adalberto Rêgo, foi eleito o ano passado, já ocupou a Câmara em outro mandato, e renunciou, em setembro de 2015, para disputar, em 2016, a Prefeitura do município de Extremoz, quando foi o terceiro colocado naquela eleição.
O...
...viés autoritarista de Adalberto Rêgo é claramente percebido nas suas intervenções no Legislativo.
Foto: google imagens
Tem uma forma grosseira, falando aos gritos e esmurrando a bancada, na Câmara, quando tenta defender e argumentar em favor do Prefeito, de quem ele é líder. Aliás, quando se dirigiu a uma colega parlamentar, a vereadora Dorinha Sá, não hesitou em demonstrar que a valentia de homem se manifesta para pessoas, supostamente, mais frágeis, no caso uma mulher e agora um idoso.
HISTÓRICO
Não é apenas o vereador Adalberto Rêgo que tem como "hábito" destratar e ofender pessoas, por entender, equivocamente, que cargo político é prerrogativa para expor valentia.
Em 2012, o então prefeito Zé Augusto, à época candidato ao Executivo de Portalegre, atacou verbalmente o adolescente Rafael Pereira. E, que coincidência, usando o mesmo vocabulário do primo, no ataque de ontem. Será que é contagioso, entre eles?
FAZENDO ARMINHA
Em 2018 foi a vez do deputado estadual, Getúlio Rêgo, tio de Adalberto, destratar e ofender uma jornalista da TV Assembleia, por ela não ter respondido, ao gesto bolsonarista "fazendo arminha" do Deputado, no segundo turno das eleições presidenciais.
A jornalista trouxe a público o episódio em sua página pessoal do Facebook e a imprensa potiguar, além do Sindicato dos Jornalistas, se posicionou com relação a atitude desrespeitosa e antidemocrática do Parlamentar.
Também fui vítima, em 1982, aos 20 anos, de ofensas e gritos por parte do então candidato Getúlio Rêgo, numa secção eleitoral que presidia, em Portalegre.
O doutor Getúlio Rêgo, só não foi mais ofensivo e grosso comigo porque o seu sobrinho, Eustáquio Rêgo, o chamou à razão e o retirou do episódio. Não antes que eu lhe tivesse lhe respondido à altura.
O seu desrespeito para com a minha mãe, com poucos dias da morte do meu pai, também é um episódio que está escrito na história de autoritarismo que o deputado coleciona. E, em 1965, nem político era, mas era o filho acadêmico de medicina, do Coronel da cidade.
EM...
...1982, quando ainda estudante de jornalismo, vivíamos uma ditadura militar e isso não me permitiu silenciar diante de um aliado dos coturnos e dos tempos de chumbo. Estamos em 2021 vivendo uma democracia jovem, e, agora, fragilizada pela eleição de um pústula e defensor do fascismo, onde admiradores e aliados do presidente Jair Bolsonaro, passaram a acreditar que ofender, agredir e ameaçar é uma licença concedida, aos moldes do passado. Mas não é bem assim, ainda não é. E, lutaremos, para que não volte a ser.
TEMPO
Quem viveu em Portalegre durante o Regime Militar e, sobretudo, não era partidário dos aliados locais do Regime, sabe perfeitamente o que sofreu.
Portanto, é lamentável que se tente implantar, de novo, a barbárie do passado, sobretudo quando temos, desde 1988, uma Constituição que assegura direitos fundamentais, dentre eles, a liberdade de ir e vir, prerrogativa constitucional que um vereador, de uma cidadezinha do tamanho de nada, como Portalegre, tenta proibir.
SE...
...as ruas da cidade estavam interditadas para o trânsito, por que a Prefeitura, que é quem tem a autonomia de interditar, não colocou barreiras impedindo a circulação de carros na área onde a festa se realizava?
POR QUE...
... meia hora antes do Senhor Geraldo tentar trafegar na lateral da rua do "showmício" em direção a rua José Vieira Mafaldo, outros veículos trafegaram sem que seus condutores fossem importunados ? O vereador Adalberto Rêgo não viu ou fingiu não ver?
SERÁ...
...que, como o Senhor Geraldo não tinha permissão de circular numa via pública, onde o Vereador agiu como se fosse dono, terei que pedir permissão, para trafegar na calçada do cartório, por exemplo, visto que o imóvel, segundo fui informada, é de propriedade do Vereador, e ele poderá entender que calçada não é um passeio público, mas um bem privado, e nesse caso àquela calçada, especificamente, é dele?
"Ô mulê dá uma pena !"
AS...
...atitudes do bolsonarista Adalberto Rêgo só demonstram inabilidade política e covardia, porque agredir alguém que está em condição inferior para se defender é a forma mais vil de violência e típica dos covardes.
NUM...
...áudio que circula em WhatsApp, onde a pessoa se identifica como filho do Senhor agredido, o homem demonstra a indignação e revolta pela atitude impensada e inaceitável do Vereador. Deixa claro o afeto e o sentimento protetivo para com o pai, mesmo à distancia.
Se o áudio foi direto para o celular do Vereador, o blog não conseguiu confirmar a informação, mas que foi um recado direto e pessoal, não há dúvidas. Não tenho certeza se o áudio estará disponível,com a conversão do arquivo.
NO MAIS...
...é mostrar o grande público, ontem,15, e a "via lotada" em que o Senhor não tinha direito de trafegar, ao lado. É patético.
TAMBÉM...
...está em redes sociais, numa postagem replicada do blog do portalegrense Edielson Soares, um depoimento bem relevante sobre o atendimento dispensado à população, na saúde.
Enquanto o Prefeito, dia 14, exaltou um trabalho "excepcional", moradores mostram a realidade, nos últimos meses.
É só comparar o discurso e a prática. E estou postando só um dos inúmeros depoimentos que me chegaram.
DÚVIDA
Lendo a forma redundante que Edielson escreve, como o título de exaltação ao patrão, fiquei até com dúvida gramatical; existem elogios ruins?
Um comentário:
Nossa!o "vereador que tem mais competência no municipio" fez uma coisa dessa? Estou sem acreditar!
Postar um comentário