terça-feira, 4 de maio de 2021

ATÉ , RANILSON! QUALQUER DIA A GENTE SE REENCONTRA... 04 DE MAIO DE 2021


 E...

   ...  lá se foi o caçula de tio  Apolônio Germano viver no alto. Meu tio, que já tinha experimentado a dor da partida de uma filha, em 1972, passa de novo pelo mesmo sofrimento. 
 
     Nenhum pai  e nenhuma mãe  está preparado para enterrar um filho, imagina dois. Infelizmente tio Apolônio e Mariquinha vão fazê-lo pela segunda vez.

    E eu,  que  na  maioria  das vezes   sei  dizer algo para quem  passa pela dor  da partida de um ser querido,  não sei o que poderia dizer ou fazer para confortar o meu tio, Mariquinha e os primos.  Logo a ele que durante muito tempo, foi  o nosso colo e  conforto,  contando-nos  as histórias do meu pai,  fazendo-o  presente em nossa vida, tentando ser, no seu afeto e cuidado, o pai que não tínhamos mais, fazendo-se  o remédio para a nossa ferida, tentando preencher o vazio  que a partida do nosso pai abriu em nossas vidas,  inclusive nele mesmo, já que os dois eram irmãos e, especialmente, amigos. 

     Ranilson Cavalcante lutou com bravura pela vida,  quando tinha apenas quatro anos. Infelizmente, não conseguiu desta vez. É mais uma  dor  que nos chega sem que haja analgesia. E  que  nós encontremos,  uns nos outros, o conforto e o amparo que o momento nos pede. 

 "Saudade é ausência do ser presente e a presença do ser ausente" ( pensador inglês) . E assim será Ranilson na nossa vida.


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